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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

É no Meu Corpo que Morreste

é no meu corpo que morreste. agora 
temos o tempo todo 
ao nosso lado, como 
um lodo onde dormitam as 

conhecidas maneiras. 
algumas nuvens se aproximam, e depois 
se afastam, numa duvidosa 
manifestação de imperícia; 

os animais falantes 
atravessam corredores iluminados, 
embarcam na 

sossegada lembrança dos sonetos, 
o leve sono que pesou no dia. 
é no meu corpo que morreste, agora. 

António Franco Alexandre, in A Pequena Face

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