Não poderia haver razão
no espaço liminal entre um desejo imenso
e a obsessão de um castelo que seja
a muralha contra qualquer invasão.
Nem no mar nem na terra nem no ar,
nunca haverá argumentos de sobeja
contra a crueldade do mundo enquanto
pudermos dar as mãos e enquanto eu caminhar
e ele girar.
Ao som dos tambores, ao sabor de um grito:
não haverá anéis suficientes no céu,
nem poços tão fundos no ar,
e eu não sucumbirei nunca a este mundo maldito
até ele parar de girar.
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