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quarta-feira, 6 de julho de 2011

para o tubarão, lágrima.

No dia seguinte, um anjo ligou-lhe, de sexo bem notoriamente feminino, com votos de promessas e compromissos que através da sua audição ensonada provocaram estranhos sonhos de aflição controlada. E acordou para o calor da terra e para o dia que já ia bem despachado, fugindo-lhe por entre os olhos, que estavam de partida.
            O mundo estava ainda por descobrir. Esse mundo que um dia tinha sido apenas a terra que o vira crescer expandia-se agora em larga escala, galopando veloz, e ele não sentia que essa sede pela Terra algum dia fosse estabilizar. A memória dava-lhe o arcabouço necessário para firmemente suster a respiração durante o tempo que uma despedida dura. Essa memória que, fragmentada como todas as outras, encerrava buracos mais negros que a cor do escuro, largava e armazenava manchas solares tão fortes quanto as do sol. 

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