deus
Eu era capaz de matar deus
por todas as pessoas que amo e
pelo mundo.
Eu era capaz de o assassinar
se isso fosse a maior dádiva
que eu pudesse dar aos homens e às mulheres.
Derramaria o seu sangue
sobre todas as bocas do planeta
e saciaria a sede e a fome.
E transudaria as suas lágrimas
nos poros de todos nós,
para que as doenças mirrassem.
Iria mais longe ainda e
escrevê-lo-ia com letras minúsculas
em todas as páginas e paredes da terra.
E assim deus tornar-se-ia apenas numa memória
das guerras e da culpa,
até ser esquecido como outra coisa qualquer.
Sem comentários:
Enviar um comentário